O que é um Cristão?
Os seguidores de Cristo foram chamados primeiramente «Cristãos» em Antioquia, na Síria. Naquele tempo, os inimigos os inimigos de Cristo usaram esse nome como sinal de mofa ou escárnio, tratando de ridicularizar aos que seguiam Aquele que foi crucificado e declarado pessoa indesejável ante o governo da época. Todavia os primitivos crentes sentiram que era um privilégio e mesmo honra ao serem identificados com Aquele indesejável, e imediatamente o nome de «Cristão» chegou a ser um distintivo, cuja aceitação era motivo de orgulho para eles.
Contudo, o dar-se o título de «Cristão» a alguém não o faz um Cristão. O ser membro de uma igreja, ser filho de pais que assistam à igreja, entregar fielmente os dízimos, dar ajudas aos pobres, ser baptizado desde novo, fazer parte do grupo de louvor, etc., tudo isso são caracteríticas e procedimentos, mas não fazem com que uma pessoa seja um cristão.
Cristão é quem vive como Cristo, isto é, que tenta ser como Cristo; o que tem fé nas promessas de Cristo e as reclama para a sua própria vida; o que pede perdão por seus pecados e aceita a salvação que foi comprada pelo sangue de Cristo; o que aceitou a Cristo em sua vida e que teve a sublime experiência do novo nascimento, ter deixado para trás as coisa velhas, para chegar a ser nova criatura em Cristo Jesus; o que crucificou os velhos desejos da concupiscência da carne, da concupiscência dos olhos e o orgulho da vida, sentindo dentro dele que agora, pelo mesmo Espírito mora Cristo; o que não trata mais de acumular posses materiais, mas que procura alcançar tesouros no céu; o que não está a tratar de satisfazer sua própria vontade, mas segue o exemplo do Mestre, que disse: «Não a minha vontade, mas a Tua», dirigindo-se ao Pai, para dar lugar aos «frutos do Espírito».
Mas a base característica de um Cristão é o amor. «Agora, pois,permanecem, a fé, a esperança e o amor, estes três: porém o maior destes é o amor». ( I Cor.13:13 ). A pessoa cristã tem compaixão e amor para com aqueles com quem vive, é amável com seus inimigos, fiel aos seus amigos, preocupado quando constata que seus irmãos, amigos e inimigos estão em necessidade; tem palavras carinhosas e animadoras para aqueles que necessitam de auxílio; o que leva paz aos fatigados, alegria aos tristes e vitória aos oprimidos.
Neste início de século 21, tão massacrado por cenários abortivos da essência de Cristo, façamos uma reflexão séria sobre o nosso estatuto.
Que o Senhor Deus, seja louvado para todo o sempre!
Pesquisa e reflexão de Rui J.M. Aires